Guia do Viajante Serra do Cipó

Embora não haja dados oficiais sobre o perfil dos turistas, é nítido que a maioria dos visitantes vem de Belo Horizonte e região metropolitana. A área carece de pesquisas empíricas sobre o público que a frequenta e em quais épocas. Embora a Serra do Cipó seja conhecida por atrair visitantes em busca de contato com a natureza e cachoeiras, percebe-se que muitos vêm principalmente para visitar pousadas, e há um crescente número de pessoas construindo suas casas na região.

A melhor época para visitar a Serra do Cipó, teoricamente, seria nos meses menos chuvosos, quando as cachoeiras estão menos caudalosas e mais propícias para banho. Esses meses vão de maio a outubro. No entanto, o oposto costuma acontecer, sendo os meses mais visitados de janeiro a março e de novembro a dezembro.

Recomendamos a visitação entre os meses de julho e outubro, quando o inverno mantém os rios com bastante água e cristalinos, e setembro traz a beleza das flores da primavera.

Se você não busca luxo e seu objetivo não é ficar apenas no hotel, há excelentes opções de pousadas com diárias que variam entre R$ 80,00 e R$ 180,00 para duas pessoas. Também existe o Camping ACM, que oferece uma ótima infraestrutura, com banheiros de água quente, uma ampla área de camping e regras que proíbem som alto. O camping fica ao lado da Cachoeira Véu da Noiva, e o valor do pernoite está em torno de R$ 60,00 por barraca.

O parque abriga muitas cachoeiras, porém, algumas exigem mais tempo e planejamento para serem visitadas. Neste guia, destacamos as opções mais acessíveis e que podem ser exploradas em um final de semana, por exemplo.

Na Portaria Areias do Parque, recomendamos a Cachoeira da Farofa, que fica a 8 km em uma trilha bem-sinalizada e plana, além do Cânion das Bandeirinhas, que está a 14 km de distância. Já na Portaria do Retiro, há as cachoeiras Gavião, Tombador e Andorinhas, sendo a mais distante a Cachoeira Tombador, a 10 km de trilha.

Para os amantes da botânica, é importante destacar que a Serra do Cipó é um lugar de endemismo, com belíssimos campos rupestres que abrigam uma enorme variedade de plantas endêmicas, como a Vellozia gigantea