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Um Tesouro do Norte de Minas
Norte de Minas Entre Sabores Indígenas e Biodiversidade Rara
Norte de Minas Entre Sabores Indígenas e Biodiversidade Rara
Botumirim, no alto da Serra Geral — parte da Cordilheira do Espinhaço —, é a cidade mais alta do Norte de Minas Gerais. Um destino que une natureza bruta, cultura viva e o sabor do verdadeiro bolo Mané Pelado, tradição indígena que ainda perfuma as cozinhas locais.
O Santuário da Rolinha do Planalto e o Ecoturismo
O Santuário da Rolinha do Planalto e o Ecoturismo
Além dos sabores, Botumirim é um paraíso para os amantes da natureza e do ecoturismo. O município é o habitat natural da Rolinha do Planalto (Columbina cyanopis), considerada uma das aves mais raras do planeta.
Não à toa, a cidade tem atraído turistas internacionais, especialmente observadores de aves de diversos países. A região está inserida no contexto da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, um território reconhecido pela UNESCO devido às suas características ambientais e socioeconômicas.
A Cordilheira do Espinhaço é, inclusive, a única cadeia de montanhas do Brasil a ser reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco
Observadores de aves contratam guias para os passeios em busca de espécies raras — Foto: Arquivo pessoal/Fábio Barata
Rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis) — Foto: Márcio de Campos/TG
Um Refúgio Serrano no Coração do Espinhaço
Um Refúgio Serrano no Coração do Espinhaço
Com mais de 850 metros de altitude, Botumirim oferece clima ameno e paisagens marcadas pelos campos rupestres, cerrados e veredas típicos do Espinhaço.
O nome vem do tupi: Botumirim, ou “Serra Pequena”, lembrando suas origens ligadas à mineração, quando o antigo povoado era conhecido como Serrinha.
Hoje, o ouro de Botumirim é outro: sua biodiversidade, suas águas cristalinas e o modo de vida tranquilo que encanta quem chega por aqui.
Aventura e Conexão na Rota do Espinhaço
Aventura e Conexão na Rota do Espinhaço
Recentemente, Botumirim demonstrou seu engajamento com a natureza ao realizar a Maior Caminhada Ecológica de Todos os Tempos: a Caminhada Ecológica Rio de Peixe. O evento reuniu 221 pessoas, incluindo participantes de 13 cidades e quatro estados brasileiros (Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, São Paulo e Paraná), destacando o potencial turístico do município.
A cidade também faz parte da recém-lançada Rota Cordilheira do Espinhaço – Do Jequi ao Norte, um projeto estratégico do Governo de Minas em parceria com o SEBRAE Minas que visa estruturar experiências integradas de ecoturismo, cicloturismo e turismo de aventura, fortalecendo a economia regional
Planejando sua Visita
Planejando sua Visita
Para quem busca paz e contato com a natureza, Botumirim oferece diversas opções de hospedagem e alimentação. Locais como o Sítio Cachoeira oferecem pousada, camping, piscina natural, banho de cachoeira e a "melhor comida caseira da região", em um ambiente familiar ideal para sossego ou aventura. Outras opções incluem a Pousada Imperador e a Pousada Campina da Serra.
Como Chegar: A forma mais barata de ir de Belo Horizonte para Botumirim é de carro, levando aproximadamente 8 horas e 12 minutos. Já a forma mais rápida é combinando voo (Belo Horizonte/CNF para Montes Claros/MOC) e táxi, com duração média de 5 horas e 55 minutos.
Botumirim está transformando suas paisagens e tradições em oportunidades reais, convidando todos a vivenciarem a hospitalidade mineira e a riqueza ambiental do Norte do estado.
Sustentabilidade e Educação Ambiental
Sustentabilidade e Educação Ambiental
A cidade vem se destacando pela promoção do turismo sustentável.
Um exemplo marcante foi a Caminhada Ecológica Rio do Peixe, que reuniu 221 participantes de 13 cidades e cinco estados brasileiros.
Além do contato direto com a natureza, o evento trouxe palestras sobre conservação da fauna local, reforçando a consciência ambiental e o orgulho dos moradores pela sua terra.
O Sabor da Serra: o Tradicional Bolo Mané Pelado
O Sabor da Serra: o Tradicional Bolo Mané Pelado
Em Botumirim, tradição também se come.
O famoso bolo Mané Pelado, feito de mandioca e assado em folha de bananeira, é herança indígena preservada por gerações.
A quitandeira Eva Ferreira mantém viva essa receita ensinada por sua avó indígena, e sua história foi contada pela Rede Minas, no programa Sabor & Afeto, levando o nome de Botumirim para todo o estado.
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