Projeto desenvolvimento, responda nossa pesquisa
Localizada na Serra do Cipó, região que abriga uma das maiores concentrações de abrigos rupestres de Minas Gerais, a Lapa da Sucupira é um sítio arqueológico de grande importância. Reconhecida por seus impressionantes grafismos rupestres, a Lapa revela traços das ocupações humanas que ocorreram na região há milhares de anos, oferecendo uma janela para compreender os hábitos, crenças e modos de vida dos povos que ali viveram.
A Lapa da Sucupira é um abrigo de rocha que preserva figuras atribuídas à Tradição Planalto, caracterizada por representações de animais, figuras humanas e formas geométricas. Esses desenhos, feitos com pigmentos naturais, foram encontrados em diferentes níveis pictóricos, indicando sucessivas ocupações ao longo do tempo.
Além das figuras monocrômicas de tons vermelhos e amarelos, o sítio possui cenas associativas que podem revelar aspectos simbólicos ou rituais dos antigos habitantes. Essas pinturas não apenas decoram as paredes do abrigo, mas também estabelecem conexões com outros sítios arqueológicos da Serra do Cipó e do Carste de Lagoa Santa, sugerindo uma continuidade cultural na região.
As pesquisas realizadas na Lapa da Sucupira contribuíram significativamente para a compreensão da pré-história regional. Estudos arqueológicos indicam que a ocupação humana no local remonta a pelo menos 4.400 anos antes do presente. Esses achados foram essenciais para estabelecer um panorama diacrônico das atividades humanas, relacionando a arte rupestre com mudanças ambientais e socioculturais.
Apesar de sua relevância, o sítio enfrenta desafios de preservação devido à proximidade de áreas urbanizadas e à atividade turística desordenada. A conscientização sobre a importância da Lapa da Sucupira e a implementação de políticas de proteção são essenciais para garantir que futuras gerações possam apreciar e estudar esse legado.
O sítio está situado em uma formação rochosa característica do bioma Cerrado e dos campos rupestres, em uma área de transição entre os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. Este posicionamento estratégico favoreceu a ocupação humana por milênios, oferecendo abrigo, água, e recursos naturais para os grupos que viveram na região.
A localização privilegiada da Lapa da Sucupira também contribuiu para que ela fosse um ponto de referência tanto para a subsistência quanto para as práticas culturais, como demonstra o rico acervo de pinturas rupestres preservadas em suas paredes.
O sítio apresenta uma impressionante variedade de grafismos, incluindo:
Representações Zoomorfas: Figuras de animais que podem simbolizar a fauna local e suas relações com os grupos humanos.
Antropomorfos: Figuras humanas estilizadas, geralmente associadas a cenas de interação social ou rituais.
Elementos Geométricos: Círculos, linhas paralelas, e formas abstratas que possivelmente representam elementos simbólicos ou cosmológicos.
As pinturas são predominantemente monocrômicas, com tons que variam do vermelho ao amarelo, criados a partir de pigmentos naturais extraídos de minerais encontrados na região.
Além das pinturas rupestres, escavações no local revelaram vestígios materiais, como ferramentas líticas, fragmentos cerâmicos e restos de fogueiras. Esses achados ajudam a reconstruir o modo de vida dos habitantes da Lapa da Sucupira, sugerindo práticas de caça, coleta e possivelmente cerimônias realizadas no abrigo.
A Lapa da Sucupira é um dos muitos sítios arqueológicos que compõem o contexto cultural do Carste de Lagoa Santa e da Serra do Cipó. Esses locais fornecem evidências de ocupação humana contínua na região por mais de 10.000 anos. A análise das pinturas e dos vestígios encontrados no sítio permite traçar uma linha do tempo de como as populações locais se adaptaram às mudanças climáticas e ambientais.
A Lapa da Sucupira é uma joia arqueológica que precisa de atenção para sua conservação. Infelizmente, como muitos sítios arqueológicos no Brasil, ela enfrenta riscos como:
Degradação Ambiental: Impactos naturais e humanos que podem deteriorar as pinturas.
Turismo Desordenado: Visitantes não guiados podem causar danos irreversíveis ao sítio.
Para evitar esses problemas, recomenda-se a contratação de guias locais especializados e o respeito às normas de preservação ambiental e cultural. A visita guiada não apenas protege o patrimônio, mas também enriquece a experiência dos visitantes com informações detalhadas sobre o sítio.
Há empresas que realizam roteiros pedagógicos no abrigo, neste caso indicamos o Dicas na Serra do Cipo por Júlio Code, WhatsApp
Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos CNSA / SGPA link