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No dia 18 de julho, a Serra do Cipó vivenciou um marco importante para o fortalecimento do território rural: a formatura de uma nova turma de Agentes de Turismo Rural, resultado do curso gratuito promovido pelo Sistema FAEMG/SENAR, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Jaboticatubas e com o apoio da Prefeitura de Santana do Riacho.
Durante vários meses, um grupo de moradores da zona rural da região participou de uma formação abrangente, com encontros teóricos e vivências práticas voltadas para temas como hospitalidade, cultura, produção local e preservação ambiental. Mais do que um curso, esse processo formativo despertou reflexões profundas sobre o valor de se pertencer ao território e sobre as formas de receber com cuidado e verdade quem chega até ele.
Agora formados, esses agentes levam consigo o compromisso de fomentar um turismo de base local, com os pés na terra e o coração no território valioso de Santana do Riacho. Trata-se de um movimento que busca gerar conexões reais, valorizar a identidade rural e estimular o desenvolvimento sustentável, respeitando a lógica de quem vive e trabalha no campo.
Durante a cerimônia de formatura, também foi lançado o Almanaque do Turismo Rural Cipoense, uma publicação colaborativa que reúne histórias, experiências, produtos e serviços que refletem a diversidade e a vitalidade do Cipó Rural.
As páginas do almanaque revelam um universo de práticas enraizadas no afeto e no pertencimento: desde a hospedagem com café coado no fogão a lenha até trilhas conduzidas por moradores da região; passando por produtos artesanais, iniciativas agroecológicas e vivências de reconexão com a natureza. Tudo isso apresentado de forma sensível e verdadeira, como um retrato das possibilidades reais de se viver e sustentar o território sem abrir mão da tradição.
A formatura dos agentes e o lançamento do almanaque reafirmam algo que já é percebido por quem caminha atento pelo Cipó: o turismo rural na Serra do Cipó é uma realidade pulsante. Todos os dias, produtores, artistas, guias, artesãos e pequenos empreendedores constroem alternativas para um turismo mais justo, afetivo e territorializado, que respeita os modos de vida locais e contribui para o fortalecimento da economia rural.
Esse movimento coletivo mostra que o Cipó Rural tem alma, tem história e tem futuro — e que esse futuro passa, necessariamente, pela valorização de quem vive, cuida e compartilha esse território tão precioso de Minas Gerais.
Alegnayra Albuquerque
Carlos do Celeiro Caipira
Danielli Tolentino
Giovana do Regino
Julio Code
Raiana Arconti
Valeska Oliveira
Violeta Brito